A CEGUEIRA ATINGIU OS CRÍTICOS DE HOLLYWOOD?
(ou será apenas estupidez?)
"Ensaio Sobre a Cegueira"
Despido de qualquer preconceito Fernando Meirelles pega nesta obra de José Saramago transformando-a num filme frio, controverso, inteligente e acima de tudo eficaz.
A acção tem inicio quando uma epidemia de "cegueira branca" com origem desconhecida começa a espalhar-se misteriosamente pelos cidadãos de uma cidade fictícia.
Sempre num tom de brancos e azuis saturados Meirelles traz-nos uma “visão” assustadora de uma sociedade “filha da mãe” e caótica tal como deve ter pensado Saramago quando escreveu esta obra. (infelizmente não conheço o livro para poder comparar).
Esteticamente o filme tem ambientes pensados ao pormenor, desde uma prisão desgovernada até à visão apocalíptica da cidade afectada pela epidemia.
Com alguns momentos de desconforto que se transmitem ao espectador com simples sons em cenas pouco iluminadas.
Mas no meu prisma “visual” o que este filme tem de melhor é a forma como descreve a humanidade "cabra", para alem do egoísmo nítido do ser humano mostra-nos um lado cruel numa situação de desespero e pânico, afinal a cegueira foi só um pretexto de Saramago para nos estampar na cara o quão básicos e fracos seríamos para tentar sobreviver.
Em relação às interpretações temos uma sra. Julianne Moore no seu melhor nível e um Mark Ruffalo que sinceramente já me fez desistir de tentar perceber se é ou não um bom actor, já Danny Glover tem um papel que lhe encaixa que nem uma luvinha.
É um “ensaio sobre cinema” a que assisti e que coloca já Fernado Meirelles no Top dos meus realizadores favoritos, principalmente enquanto mantiver o seu próprio estilo e não se deixar comer pelos tubarões de Hollywood.
Já agora se forem ver o filme tentem só reparar na banda sonora…..aquelas notas soltas e alegres enquanto os personagens caminham pelos corredores da prisão são uma pequena delicia.
Esteticamente o filme tem ambientes pensados ao pormenor, desde uma prisão desgovernada até à visão apocalíptica da cidade afectada pela epidemia.
Com alguns momentos de desconforto que se transmitem ao espectador com simples sons em cenas pouco iluminadas.
Mas no meu prisma “visual” o que este filme tem de melhor é a forma como descreve a humanidade "cabra", para alem do egoísmo nítido do ser humano mostra-nos um lado cruel numa situação de desespero e pânico, afinal a cegueira foi só um pretexto de Saramago para nos estampar na cara o quão básicos e fracos seríamos para tentar sobreviver.
Em relação às interpretações temos uma sra. Julianne Moore no seu melhor nível e um Mark Ruffalo que sinceramente já me fez desistir de tentar perceber se é ou não um bom actor, já Danny Glover tem um papel que lhe encaixa que nem uma luvinha.
É um “ensaio sobre cinema” a que assisti e que coloca já Fernado Meirelles no Top dos meus realizadores favoritos, principalmente enquanto mantiver o seu próprio estilo e não se deixar comer pelos tubarões de Hollywood.
Já agora se forem ver o filme tentem só reparar na banda sonora…..aquelas notas soltas e alegres enquanto os personagens caminham pelos corredores da prisão são uma pequena delicia.
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