quarta-feira, janeiro 28, 2009

Um Caso Estranho, Um Filme Cativante!

O Estranho Caso de Benjamin Button
Título original: The Curious Case of Benjamin Button
De: David Fincher
Com: Brad Pitt, Cate Blanchett, Tilda Swinton
Resumo: Benjamin Button (Brad Pitt) tem um destino curioso e nasceu em circunstâncias pouco habituais. A sua vida é a estranha história de um homem que nasce com 80 anos e vai regredindo na idade, sem conseguir, como qualquer outra pessoa, parar o tempo. O filme conta o seu peculiar percurso e as atribulações da sua vida, desde 1918 até à actualidade, os seus amores, as suas alegrias e os seus dramas. E aquilo que consegue sobreviver à passagem do tempo.


Sabem porque é que adoro o cinema?
Por ser algo que nos transporta para uma realidade diferente onde tudo é possível, onde a nossa imaginação por vezes não nos consegue levar, sentir isso numa projecção de um filme é genial, sentir que em 3 horas passadas numa sala em que única luz são os fotogramas projectados numa tela gigante que nos faz desligar das nossas vidas e passar para uma dimensão em que tudo aquilo em que não acreditamos se torna realidade.

Tudo neste filme é simples a começar pela história. Benjamin Button nasce de uma forma diferente, nasceu com 80 anos e conforme o tempo vai passando vai rejuvenescendo, e basta isto para o resumo de um filme tão genial.

Depois do que tinha lido, ouvido e principalmente depois de saber que “O Estranho Caso de Benjamin Button” tinha sido nomeado para 13 Óscares, pensei para mim, “já perdi toda a vontade de ir ver isto!”, mas ganhei coragem e decidi enfrentar todas as criticas negativas e todo o showoff presente nos Óscares.

Sentado numa sala de cinema repleta de ar, como eu gosto, fui esperando pacientemente pelo início do filme, meia hora depois ali estava ele…….”espero não me arrepender!” – pensei para mim!

“O Estranho Caso de Benjamin Button”, não passa apenas de uma reflexão sobre a vida, sobre até onde vai a resistência humana, sobre a decadência de uma relação e principalmente sobre alguém que tem como destino, ser diferente de todos os outros.

De uma forma muito suave e delicada a história de Benjamin vai-nos cativando e desviando a mente para um pensamento mais pessoal, retratando tudo aquilo por o que já passámos e por aquilo que ainda poderemos vir a passar, claro, aqui exprimido de outra forma, afinal, Benjamin nasceu velho, mas é este o mote para um filme interessante, todas as particularidades de um idoso com uma mentalidade de criança.
Chegando a meio do filme o ritmo vai abrandado e a nossa cabeça vai pensando cada vez mais se não seria mais agradável perder a idade da velhice a aprender a falar e a andar do que a babar-nos e a perder as nossas memórias de uma vida passada, e até nisto o filme nos dá um termo de comparação, não fosse Benjamin adoptado e criado num lar da 3ª idade.
Alguns dos personagens são brilhantes, com principal destaque para o sr. que diz ter sido atingido mais de 7 vezes por raios em tempestades, estes momentos vão aparecendo várias vezes e são sempre acompanhados com um pequeno filme que demonstra como aconteceu cada um desses momentos, dando ainda mais um pouco de bom humor àquele que já acompanha todo o filme!

Posso dizer que me senti cativado por este filme, por todo o clima envolvente, pelos pequenos momentos de beleza com que David Fincher nos faz voar no espaço e no tempo…..tudo isto é bastante agradável, mas há um se não, nem tudo é perfeito, começando pelo argumento que foi escrito pelo mesmo senhor que nos trouxe “Forest Gump”, que é genial, mas para quem viu, irá juntar x + y e vai perceber que a formula é a mesma. Penso também que as personagens não fazem com que Brad Pitt e Cate Blanchett exponham todo o potencial ao espectador.
Não é por isto que o filme deixa de ser bastante interessante, e sem dúvida que é um dos melhores do ano para juntar à lista fértil de 2008.

Se me perguntarem, “achas que é o melhor filme do ano?” prontamente direi que “não!” e se me perguntarem “achas que merece estar nomeado para 13 Óscares?” eu direi que “não sei, porque nunca consegui entender bem os critérios de selecção em Hollywood!”.

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